terça-feira, 31 de julho de 2007

13.

Acendo um cigarro e paro.
Fecho os olhos e paro.
Parada.
Parada.
Quase inerte.

Aquele desenho,
aquele olho chorando.
Não sei,
deve ter sido um sinal.

A lágrima única:
a perda do único.

Essa dor que quase não dói.
Essa saudade que não acredito,
eu nunca acredito,
que vai viver em mim.

Sempre a noite,
quando paro,
sinto suas mãos encostando em meu braço.
E adormeço,
feliz pela fantasia.
E acordo,
triste por ser isso tudo que me restou:
uma fantasia.