Passado e presente se misturam. Futuro não. Futuro eu não tenho.
Os dias passam vagarosos. Dias sempre iguais que só se diferenciam nas olheiras que se tornam cada vez mais aparentes.
Não durmo por medo de perder o quase-nada de vontade que consegui juntar durante o dia. Vontade de não dormir.
Ou talvez porque a noite traz para mim um quê de familiaridade com a escuridão e o silêncio.
Não sei bem dizer se é a fumaça do cigarro ou se são os meus olhos que agora vêem tudo embaçado.
Uma fronteira tão fácil de transpaçar: passado e presente.
A grande e única verdade é essa: não tem nada para sentir no meu presente, assim sinto de novo e de novo o que já foi sentido no passado.
E o futuro?
Já disse. Futuro eu não tenho.
quarta-feira, 2 de maio de 2007
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