quinta-feira, 26 de abril de 2007

Fico tão longe de mim. Muito. Muito longe.
De mim ou da minha idealização do ser.
Fica tudo tão vazio que eu posso tocar na falta. Comer a falta. Cuspir a falta. Foder com a falta.
O eco que fica enchendo tudo de palavras que não sei se faladas ou sonhadas em serem ditas. Ouvidas.
A fome de vida não pode cessar. Eu vomito tentando.
Vai sobrar para mim me alimentar da fome e encher meu oco com a ausência.
Na última letra fazer-me surda por não mais suportar o silêncio de quem tem a audição mas não o barulho.

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